
O litoral do Piauí receberá um impulso econômico significativo nos próximos anos: o Porto Piauí deve atrair investimentos superiores a R$ 7 bilhões até 2030. O anúncio foi feito pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante o seminário “Porto Piauí e Hidrovia do Parnaíba”, realizado em Luís Correia, reforçando a importância estratégica do empreendimento para o desenvolvimento regional.
O montante total inclui recursos públicos e privados, com aporte de mais de R$ 2 bilhões já aplicados pelo atual governo. Os R$ 7 bilhões previstos contemplam a expansão da infraestrutura portuária, modernização de equipamentos, dragagem do canal, construção de armazéns, quebra-mar e implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). A expectativa é que a conclusão dessas obras dinamize a economia local, gere milhares de empregos e integre o estado ao comércio internacional.
O Porto Piauí, localizado em Luís Correia, está inserido em um projeto maior de implantação de complexos portuários em todo o litoral brasileiro. Desde a autorização para funcionamento em dezembro de 2023, o porto passou por obras de dragagem e recebeu um navio da Marinha para atestar sua navegabilidade. A expansão prevê canal com cerca de 3,7 km de extensão, profundidade de até 10 m, quatro unidades de armazenamento, quebra-mar de 550 m e estrutura completa para receber embarcações de grande porte.
Durante o evento em Luís Correia, Costa Filho destacou que os investimentos fortalecerão o Porto Piauí como parte de um corredor logístico que conecta transporte marítimo, rodoviário e ferroviário — com a possível revitalização da Estrada de Ferro Central do Piauí. A integração multimodal vai reduzir custos de exportação para produtores de grãos, cerâmica, açúcar, óleo de carnaúba e outros produtos típicos da região, tornando o estado mais competitivo no mercado global.
A previsão de recurso também prevê a consolidação da tão esperada Zona de Processamento de Exportação. A ZPE funcionará como um polo aduaneiro no litoral piauiense, oferecendo benefícios fiscais para empresas instaladas ali. Isso poderá atrair indústrias voltadas ao agronegócio, têxtil, celulose e outros segmentos, fortalecendo a economia local e estimulando a geração de empregos qualificados.
O ministro também ressaltou que, para além dos números, o modelo busca impacto social positivo. A presença do porto deve estimular investimentos em infraestrutura urbana, mão de obra local e capacitação técnica, através de parcerias com escolas e instituições técnicas. O objetivo é que o crescimento ocorra de forma inclusiva e sustentável, beneficiando diretamente a população de Luís Correia e cidades vizinhas.
O impacto econômico estimado é robusto. A expectativa é que a execução total dos investimentos resulte na criação de milhares de vagas durante as fases de construção e operação. Além disso, a redução do custo logístico tende a atrair novos negócios para o estado, o que pode se refletir em geração de renda e diversificação da matriz produtiva.
A viagem de Silvio Costa Filho marcou também o fortalecimento do canal de diálogo entre o governo federal e autoridades locais. Prefeitos, empresários e especialistas debates apontaram que o Porto Piauí tem potencial para ser referência em logística e exportações na região Nordeste. A tendência é que até 2030 o Piauí se firme como corredor marítimo eficiente, contribuindo para atrair investimentos nacionais e estrangeiros.
Embora o projeto ainda tenha etapas a seguir — inclusive na licitação de obras e ampliações —, a expectativa é que o cronograma avance dentro do prazo. O marco até 2030 inclui fases de dragagem, implantação de equipamentos e ampliação da zona alfandegária, com previsões de acompanhamento técnico para garantir impacto esperado.