
Pesquisa divulgada aponta os nomes mais lembrados por brasileiros como potenciais candidatos a serem apoiados por Jair Bolsonaro nas eleições de 2026, caso ele não dispute o pleito. O levantamento foi realizado com 2.004 entrevistados, margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95% .
Entre os apoiados mais mencionados aparecem:
• Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos, lidera com 15% das citações. Esse percentual se manteve estável desde março, ainda que ligeiramente abaixo dos 17% observados em maio .
• Michelle Bolsonaro, eleita por 13% dos entrevistados, aparece em seguida. O percentual, que era de 14% em março e atingiu 16% em maio, sinaliza que sua menção tem sofrido leve queda nos últimos meses .
• Ratinho Júnior, do PSD e atual governador do Paraná, ficou na terceira posição com 9%, repetindo o desempenho de março .
• Tanto Eduardo Bolsonaro (PL) quanto o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) registraram 8% das citações. Vale notar que Eduardo teve um crescimento em relação aos 4% anteriores .
• Outros nomes aparecem com percentual menor: Eduardo Leite (PSD) ficou com 4%, Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) obiveram 3% cada .
Ainda assim, 19% dos entrevistados acreditam que nenhum dos citados deveria ser o candidato da direita em 2026, enquanto 17% não souberam ou preferiram não responder .
Análise aprofundada
O que se observa é uma enquete estimulada, em que os entrevistados escolhem nomes sugeridos pela pesquisa como preferidos para apoio de Bolsonaro. A liderança de Tarcísio de Freitas indica que ele é visto como um nome mais competitivo, especialmente para representar o campo da direita em uma possível substituição.
Michelle Bolsonaro, apesar da visibilidade que carrega por ser ligada diretamente ao ex-presidente, não apresenta crescimento consistente. Após alcançar 16% em maio, sua lembrança voltou a cair em julho, o que sugere que seu apelo político ainda depende fortemente da figura do marido e não foi consolidado de forma autônoma.
Ratinho Júnior mantém uma posição sólida com 9%, indicando que sua gestão no Paraná é vista com atenção pelo eleitorado da direita. A estabilidade nesses percentuais pode sugerir um posicionamento consolidado, sem grandes avanços ou recuos recentes.
Outro ponto de destaque é o crescimento de Eduardo Bolsonaro, que chamou a atenção ao duplicar suas menções em poucos meses. Isso pode indicar uma preparação para a eventual montagem de uma candidatura pós-Bolsonaro, aproveitando o nome da família e a presença midiática.
A presença de Pablo Marçal, com expressivos 8%, revela uma faceta mais alternativa e midiática dentro do espectro conservador. Trata-se de um perfil que se relaciona de modo disruptivo com segmentos da direita, especialmente aqueles movimentados pelas redes sociais.
Os percentuais modestos de Eduardo Leite, Romeu Zema e Ronaldo Caiado mostram que, embora sejam governantes com destaque em seus estados, ainda não contam com uma identificação forte dentro do eleitorado bolsonarista.
O elevado percentual (19%) que prefere “nenhum” reforça que há uma parcela expressiva da direita que não se identifica com nenhum dos nomes listados, evidenciando dificuldade de consolidação de lideranças alternativas a Bolsonaro.