A Black Friday, uma das datas mais cruciais para o varejo, se aproxima (acontecerá em 28 de novembro) e com ela, a temporada de grandes descontos. Lojas físicas e sites já iniciaram suas ofertas, o que torna o planejamento antecipado essencial para evitar cair em ciladas ou fazer compras por impulso.
O economista Eduardo Amendola salienta que, para aproveitar a Black Friday de forma inteligente e economizar de verdade, é preciso ter estratégia. A recomendação principal é comparar preços com antecedência, pois isso permite identificar promoções que não são reais ou aquelas que parecem “boas demais” para serem verdade.
Além disso, é fundamental que o consumidor avalie se a compra é realmente necessária. O especialista sugere focar em produtos com maior durabilidade e evitar o gasto com itens supérfluos. Outra dica importante é evitar o parcelamento longo, pois ele pode comprometer o orçamento por muitos meses.
Revisão do orçamento familiar e eliminação de desperdícios
Aproveitando o embalo da Black Friday e a proximidade do final do ano, o professor da Estácio aconselha usar este período para fazer uma revisão completa no orçamento familiar. O objetivo é identificar e eliminar desperdícios.
Amendola explica que reduzir pequenos gastos que são recorrentes, como serviços de assinatura que são pouco utilizados ou compras por impulso feitas no dia a dia, pode gerar uma economia significativa a longo prazo. Ele reforça que planejar é sempre a melhor abordagem para aproveitar as oportunidades de consumo sem desequilibrar as finanças.
Cautela e o cenário econômico atual
O economista alerta que, mesmo com o mercado de trabalho em crescimento e a renda das famílias em um bom nível, é crucial manter a cautela nas compras de final de ano. O Brasil ainda possui a maior taxa de juro real do mundo, e a inflação, apesar de estar sob controle, segue acima da meta.
Esse cenário implica que o crédito continua sendo caro, e qualquer gasto que esteja fora do planejamento pode impactar de forma significativa o orçamento. Amendola também lembra que 2026 será um ano eleitoral, um fator que historicamente tende a trazer instabilidade e incerteza para a economia, reforçando a necessidade de prudência nas decisões financeiras atuais.
